
“- Por que fizeram isso comigo?”
Galdino faleceu às duas horas da madrugada do dia 22 de abril de 1997.
Os jovens filhos de boas famílias que o imolaram, responderam que
“- Pensava que fosse mendigo.”
O índio pataxó, embora seus algozes tenham sido beneficiados por todas as brechas previstas em lei e outras instituídas na prática de nossa sociedade arcaica e coronelista, é recordado por todas aquelas pessoas comprometidas com a construção de um Brasil que não se envergonhe de si mesmo – em sua memória se protesta e clama por efetividade na aplicação da Lei, de maneira universal, como reza a Constituição. Já os nordestinos, negros e homossexuais – anônimos e pobres -, não.
De tão contumaz o extermínio de travestis, transexuais, gays e lésbicas, a grande mídia não dedica o mesmmo espaço que merecem outros extermínios igualmente abomináveis. Não passam de párias duplamente marcados pelo estigma: a escassez de capitais (econômico e simbólico) e a subversão à norma de orientação sexual e de estilo de identidade de gênero.
Esta postagem é uma homenagem à memória de todas as pessoas que foram vitimadas por conta da estigmatização da diferença (seja de classe, posição, origem, religião, etnia, orientação sexual, estilo de identidade de gênero).
Desejo propor um instante de reflexão sobre como esses marcadores que condicionam a vida, igualmente interferem nos modos de preservação ou apagamento das memórias das violências.
Sugiro se pesquise, na internet, sobre o espaço dedicado a esses crimes,motivados pela estigmatização, conforme sejam as vítimas (o acompanhamento do caso ao longo dos dias, o enfoque e o tratamento dado à notícia).
Como o objeto deste blog são as pessoas homossexuais e seu processo de busca por reconhecimento e proteção à sua dignidade, será em relação a elas o destaque de minha rememoração:
Gay agredido em Niterói: Grupo homossexual diz que preconceito começa dentro de casa
Jovem homossexual é espancado ao sair de boate no Rio
Homossexual espancado por carecas após Parada Gay de SP
Caso do homossexual espancado até a morte em São Paulo completa 10 anos
Casal gay é espancado ao chegar a Niterói para participar de parada
Estudante homossexual da UFPR é agredido
Morre vítima de agressão na Parada Gay
Violencia na 1ª Parada Gay de Sobral
Gay espancado nos Jardins diz que precisamos de “ações práticas” contra violência homofóbica
Estado é condenado a indenizar homossexual agredido por neonazistas
Cabeleireiro em Varginha/MG é brutalmente atacada por homofóbico
DENÚNCIA DE ATENTATO HOMOFÓBICO E MACHISTA EM BAR DE FLORIANÓPOLIS
Outras mais, tenho certeza, serão encontradas.
No Brasil, país do Carnaval, onde não se admite a existência nem de racismo nem de homofobia, homossexuais são espancados em plena avenida Paulista pelo simples fato de serem gays.
Crueldade contra os homossexuais
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=49
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL23764-5598,00.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Galdino_Jesus_dos_Santos
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL868004-10044-221,00-ASSASSINATO+DO+INDIO+GALDINO+CHOCA+O+PAIS.html
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2007/12/05/jovem_homossexual_e_espancado_ao_sair_de_boate_no_rio_1107988.html
As imagenss são oriundas dos s
ítios linkados.