Veja o que disse o cofundador e vice-presidente do Museu Bajubá, por ocasião da inauguração do Mapa Interativo do Patrimônio Cultural LGBTI+, Luiz Morando, no dia seis de julho de 2024 (disponível no canal do Museu Bajubá no YouTube):
“O Mapa [também] tem essa função de celebrar, de homenagear e de trabalhar, com a memória mais viva, a existência e a persistência e a resistência das pessoas (…) nas diversas cidades do Brasil e (…) [de] outros países (…).
Talvez a gente, aparentemente, tenha uma atitude megalomaníaca, de tentar alcançar um maior espaço que podemos. Mas eu acho que a gente tem essa capacidade e essa possibilidade, pelo próprio adjetivo que o nome do Mapa traz:
O Mapa, ele é INTERATIVO; não é um Mapa do Museu Bajubá! É um Mapa que está alojado no site do Museu Bajubá. Mas é um Mapa de pertencimento a todas, de todas, de pertencimento de todes e de todos. É com esse pensamento que nós formulamos a possibilidade de que qualquer pessoa (…) possa fazer [a inclusão de nossos territórios e espaços de memória]. ”
O Museu Bajubá usa a história e a memória como instrumentos de combate. Combatemos o ódio à diferença e as práticas discriminatórias, pesquisando, interpretando e dando a conhecer o nosso patrimônio histórico (art. 216 da Constituição da República). Assim colaboramos para a efetividade da nossa cidadania cultural (art. 5º, inciso LXXIII, Constituição), ao tempo em que promovemos a reparação, a inclusão e o orgulho em relação à nossa história e cultura, e estimulamos o respeito às diferenças, numa pacífica e rica convivência social.
A sistematização, em mapa, de nossos territórios de resistência e espaços de memória, portanto, é mais uma ferramenta na consecução do mesmo objetivo: a cidadania cultural das pessoas “LGBTI+”. Por muito tempo a população LGBTI+ esteve invisibilizada ou visibilizada apenas no registro do crime, da doença, do pecado, da imoralidade; como um ser escarnecente, risível, destituído de humanidade. E, nos dias que correm, nem depois de mortos temos paz – pois ainda assistimos familiares tudo fazerem para ocultar a orientação sexual e/ou identidade de gênero de parentes LGBTI+ falecidos. Mesmo daqueles que tiveram trajetória de grande ativismo sociopolítico, como Jane di Castro e Darcy Penteado. (Conheça a campanha Dignidade também pós-morte.)
Diferentemente do Museu, porém, seus limites não se restringem às Estações já constituídas – somos gulosas, queremos atender todo o território nacional e, quiçá, todo o planeta!
E para causar assim, só mesmo com a colaboração de todas, pois, como disse o vice-presidente do Museu Bajubá, Luiz Morando, por ocasião de sua inauguração, o Mapa Interativo é uma iniciativa do Museu, mas pertence a todas nós!
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Ababé = No Aurélia – A dicionária da Língua Afiada (Ângelo Vip [Vitor Ângelo Scippe] e Frred Lib. SP: Do Bispo, 2006) , é traduzido por festa, comilança. No Dicionário Yorubá de José Beniste (Bertrand Brasil, SP, 2011, pp. 28-9), temos: “abá = fatia, porção, parte”; “Àbáje, ajoje s. = aquele que come junto com uma pessoa.” – Aqui empregamos com o sentido de congraçamento, celebração, desfrute em coletivo de nossos acepipes e gororobas.
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