Há trinta anos, em 31 de janeiro de 1995, pessoas hoje referidas pela sigla LGBTI+ promoveram na cidade de Curitiba aquela que ficou conhecida como a primeira parada do orgulho LGBT.

Organizada no formato de suas congêneres estadunidenses, a parada se realizou “no último dia do VIII EBGL [Encontro Brasileiro de Gays e Lésbicas], ocasião em que é fundada a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis”, segundo Luiz Mott em texto justificativo ao seu pedido de tombamento como patrimônio cultural imaterial da cidade de Curitiba.

Ainda segundo o antropólogo, o evento teve a participação “de 40 grupos GLT [de várias partes do país] e mais de 500 participantes”, sendo composto por “dois carros de som, muitos balões e bandeiras com as cores do arco-íris, travestis, drag-queens e transformistas em profusão: concentração na Praça Santos Andrade de Curitiba, percorrendo as ruas principais do Centro, com falações na famosa Boca Maldita”.

No canal do Grupo Dignidade (Curitiba) no YouTube, há um vídeo que registra manifestações e discursos durante o evento. Veja em https://youtu.be/RUbwgmIgnDI?feature=shared

Em 25 de junho de 2024 foi protocolado projeto de lei, pela vereadora Maria Letícia, visando o seu reconhecimento como patrimônio cultural imaterial da cidade.

Não temos notícia se iniciativa semelhante foi buscada junto aos órgãos especializados no reconhecimento e registro do patrimônio cultural no país, em seus três níveis de governo.

* Historiadora.