Cintilando e Causando Frisson Praça Tiradentes

A lagoa ou pântano ocupava o espaço entre os quarteirões das ruas da Conceição, Buenos Aires, Senhor dos Passos e a Avenida Passos.
Em 1705, a Câmara demarcou os limites do novo Rossio, o Pelourinho ou Picota. O povo chamava o pelourinho de Polé. O Pelourinho que funcionava defronte ao Cais, próximo à Praia de D. Manuel e a Sé (antigo Terreiro da Polé, depois Largo do Paço), foi transferido para as proximidades do Largo do Rosário. A lagoa, que ficava perto, passou a ser chamada de Lagoa da Polé. Com o aterramento da lagoa, o local passou a ser usado como espaço para treinamento da tropa.
Em 1808, foi construído outro pelourinho, “mais elegante” (possivelmente com pedra de Lioz e desenhos), no centro do antigo Largo do Rossio.
Praça da Constituição – de 26 de fevereiro de 1821 em diante, por terem aí sido juradas por D. João VI as bases da futura Constituição a ser votada pelas Cortes de Lisboa.
Praça Tiradentes – em 1889, por sugestão do Dr. Joaquim José de Carvalho, acatada pela Câmara, por proposta do vereador Capitão-de-fragata Frederico de Lorena.
Entre o Largo do Rossio e a rua Pedro I havia a Maison Moderne, onde, em 1º de maio de 1918, se deu o primeiro grande comício operário carioca, exibindo cartazes contra a “guerra e a caristia”. Em outubro, deu-se um movimento dos coveiros, devido à calamidade decorrente da gripe “espahola” (originada porém nos EUA) e, em novembro, 18, explodiu a greve geral, cujos principais ativistas eram os operários e as operárias nas fábricas de tecido.

É consagrada entre memorialistas e historiadores como território de sociabilidade e sexo entre homens desde, pelo menos, o século XIX. Houve época em que existiam banheiros (feminino e masculino) em seu subsolo e também uma cabine telefônica na lateral da Avenida Passos – locais também utilizados para namoro e sexo.