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Babados da hora

As Filhas da Chiquita e a violência da invizibilização

Amanhã é o dia do Círio de Nazaré. Os jornais televisivos deram a notícia.
Nós, entretanto, permanecemos invisibilizad@s: A maravilhosa Festa As Filhas da Chiquita, realizada há tantos anos em Belém antes do cortejo do Círio e que tanta alegria e recursos econômicos traz para a cidade, contribuindo para a geração de emprego e renda e momentos de infinita comunhão entre gays, bichas, travestis, bofes, barbies, ursos e todo o restante da flora e fauna humanas, não é mencionada.
No campo das manifestações culturais, de nossas expressões de criatividade, permanecemos no limbo da invizibilização, do silenciamento; interditos à divulgação pública via televisão. Realizamos a cultura que AINDA não pode ser dita, mencionada, comentada.
Por meio da invizibilização e do silenciamento, formas por excelência de manifestação da violência simbólica, insistem em nos negar o direito ao reconhecimento.  Entretanto, por muito abusad@s, ousad@s, debochad@s, satíric@s, criativos, enfim, seguimos em frente, sem permitir que isso faça declinar os níveis de nossa energia criativa.
E  X I S T I M O S ! – Apesar de vocês. E continuaremos viv@s, renascendo a cada dia, a cada instante, com a imensa energia daqueles que só tem a si e essa inquietude íntima e voraz que nos faz criar, sonhar, produzir, inventar. 
E assim seguimos, nos reinventando a cada passo.

As Filhas da Chiquita: manifestação da cultura gay remonta à Ditadura

 

NO SÁBADO À NOITE É SÓ DEIXAR A SANTA PASSAR: UMAETNOGRAFIA DA FESTA DA CHIQUITA EM BELÉM-PA1 

 

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