Em diversas oportunidades tenho falado da inestimável perda que foi a eliminação de todo o acervo de discussões entre a imensa maioria de pessoas “LGBT” envolvidas no ativismo (militantes históricos, ativistas de ongs, de partidos políticos, autônomos e interessados) no Brasil, que foi a Lista GLS do Yahoo, durante a primeira década dos anos 2000 e avançando pela segunda.
oi talvez estejamos confundindo um pouco atos, caminhadas, passeatas, manifestação, houve uma tentativa em 93 e ficou conhecida como o grupo dos 18 no Rio, já relatado pelo NOSS; em 95 a de Curitiba foi no começo do ano pela fundação da ABGLT, mas a 1ª do orgulho do 28 de junho GLBT foi em 6/95 no Rio no final da ILGA, e daí a 2ª em 1996 e estamos na 9ª, em SP em 1997 e estamos na 8ª. Nos outros estados como já citado aqui Goias, SP, etc, já houveram outras caminhadas, mas não referentes a esta data e ao mes de junho. Inclusive em 1978 a atriz Ruth Escobar, feminista na época filiada ao MDB e outras mulheres, lésbicas, gays e travestis fizeram uma grande caminhada-manifestação pelas ruas de SP, contra o preconceito, a violencia e pela liberdade sexual.
Em 1986 Herbert Daniel do PT (que fundou o Pela Vida RJ), na campanha do PT-PV para o candidato Fernando Gabeira a governo do RJ, tambem fez uma caminhada por conta dos rumores maldosas sobre a sunga de croche de Gabeira em Ipanema, e uma das frases era que Gabeira iria governar com a cabeça e não com a bunda, e a sexualidade dele era um problema dele. Apenas fatos para contribuir e ajudar a montar nossa história. virginia figueiredo
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Em 1996 foi a [Primeira] Parada, [dita como a] oficial. Entre os ativistas do Rio de Janeiro não se costuma contar a caminhada que se seguiu ao encerramento da Conferência da ILGA como Parada, embora a sua representatividade e relativamente grande participação; ela é referida usualmente como Caminhada. Após o encerramento da conferência da ILGA, saímos todos do hotel, em Copacabana, e fomos para a rua. E os outros movimentos [de outros estados e internacionais] que estavam participando da ILGA souberam que a gente ia fazer esse ato final e se somaram conosco. Chegamos a colocar na rua aproximadamente umas mil pessoas…
Em 1996, em São Paulo, teve também a Marcha [paulista]. Nós saímos do Encontro Nacional GLBT, realizado no Hotel San Rafael, no Largo do Arouche, atravessamos, caminhamos e fomos parar… Não lembro se na Câmara de Vereadores ou na Assembleia Legislativa… [Virgínia localizou u’a matéria que esclarece ter sido na Praça Roosevelt. Veja aqui]. Onde fizemos uma manifestação, para marcar o evento; o que estávamos fazendo ali… Porque o poder público não deu nenhuma atenção.– Foi uma grande caminhada! Lógico, um número [de participantes] bem menor do que foi no encerramento da ILGA, aqui [no Rio de Janeiro. Principalmente porque no Rio se seguiu a um evento internacional, com um número bem maior de participantes]. Aí, depois dessa primeira caminhada em São Paulo, em 1997 teve a primeira Parada Gay ]de São Paulo].
Então, a primeira Parada, foi no Rio de Janeiro, em 1996.
Nos outros lugares teve Caminhada… Por exemplo, em Curitiba, assim que foi fundada a ABGLT, em 1993, o povo saiu pelas ruas caminhando. Com bandeiras, com isso e aquilo… Nada organizado, sem trio elétrico… Como foi a primeira Caminhada daqui do Rio [1995, final da ILGA] e em São Paulo [1996, final do EBHO].”