Biblioteca Agildo Guimarães

Espaço de Descobertas e empoderamento

Sobre a Biblioteca

A biblioteca Agildo Guimarães do Museu Bajubá está sendo construída na cidade de Rio das Ostras, na Baixada Litorânea Fluminense, na paradisíaca praia de Itapebussus.

Quando inaugurada, atenderá presencialmente, mediante inscrição e agendamento (virtuais). Todas as instruções serão disponibilizadas aqui, juntamente com o acervo, para consulta.

Enquanto ela não fica pronta, você pode visitar o painel mural da artista plástica Martine Brillard, homenageando personagens LGBTI+, que é de acesso público. Ele foi finalizado no dia sete de julho de 2023, dia consagrado a Zé Pilintra, entidade cultuada pela umbanda.

Venha conhecê-lo e fazer fotos. – Quem sabe a gente não se encontra e bate um papinho sobre a trajetória das personageens retratadas?

Painel mural de autoria de Martine Brillard, onde se vêem retratados: ao alto, na janela, Marielle Franco. Embaixo, da direita para a esquerda: Cássia Éller, Jorge Lafond (Vera Verão), Laura di Vison, Paulo Gustavo, Cintura Fina, Cazuza e Madame Satã.

Como tudo começou?

O Museu Bajubá tem a sua origem nos Roteiros pelos Territórios de Resistência e Memória LGBT do Rio de Janeiro, inaugurados em 2012 e divulgados através do blog Memórias e Histórias das Homossexualidades. A sua concepção principia a ser divulgada em 17 de julho de 2018, no Seminário Museu Queer, promovido pelo Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, em parceria com o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) e em 29 de junho de 2019, na ALMS Conference, em Berlim.

A primeira tentativa foi através do projeto do Núcleo de Referência, Memória e Pesquisa LGBT (RefmemoLGBT), de 2019, em parceria com o pesquisador Luiz Morando. Então como mapeamento, o projeto foi depois reformulado.

Em junho de 2020, a partir de conversas com o museólogo Lenon Braga e com o professor de museologia da UniRio, doutor Bruno Brulon e algumas leituras sugeridas, foi ficando nítida a perspectiva da museologia social como instrumental capaz de atingir os objetivos pretendidos, com fundamento, entre outros, nos artigos 1º, 2º, 7º e 8º, da Lei n. 4.904/2009. 

Bajubá

Pajubá ou Bajubá é um substantivo yorubá (nagô) e significa “assunto, segredo, conversa, apresentação entre pessoas” (Fonseca Júnior, 1992, p. 342). Por povo bajubá compreendemos o segmento populacional formado pelas dissidências sexuais e de gênero, bem como a cultura por elas produzida, em todos os seus aspectos.  Povo, aqui, é empregado em sua acepção popular, equivalente a malta, bando ou tribo urbana.

Estendendo o nome do socioleto ao próprio segmento, expressamos nossa perspectiva política de valorização da cultura dessa comunidade. Por outro lado, fugimos à instabilidade da sigla e homenageamos o Acervo Bajubá, talvez o maior repositório privado de itens do patrimônio cultural LGBTI+.

Por território entendemos, conforme o sentido consagrado pela geografia, o espaço apropriado, individual ou coletivamente, a partir de relações de poder, ligado, portanto, à subjetividade daqueles que o conquistaram (Silva, 2011).

Referências

FONSECA JÚNIOR, Eduardo. Dicionário Yorubá (Nagô) Português. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.

SILVA, J. C. (2011). O conceito de território na geografia e a territorialidade da prostituição. In RIBEIRO, M. A. & OLIVEIRA, R. S. Território, sexo e prazer: olhares sobre o fenômeno da prostituição na geografia brasileira (pp.19-41). Rio de Janeiro: Gramma.

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