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Babados da hora

Fala para o lançamento do livro Quando ousamos existir: itinerários fotobiográficos do Movimento LGBTI no Brasil (1978 – 2018)

Hoje se deu o lançamento do livro  Quando ousamos existir: itinerários fotobiográficos do Movimento LGBTI no Brasil (1978 – 2018), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ALERJ.

Convidada, participei com um pequeno texto sobre a luta pela despatologização da homossexualidade no Brasil.

Como não pude estar presente, me foi solicitada uma mensagem, a ser lida no ato. Segue sua íntegra:

Prezadxs Organizadorxs, integrantes da Mesa, autores, ativistas, público presente:
Lamento não poder estar presente hoje, nesse momento de celebração e tributo.

Embora minhas últimas pesquisas, assim como as de Luiz Morando, em Belo Horizonte, MG, venham apontando que práticas ativistas “LGBT” no Brasil são bem anteriores a 1978, como historiadora e como ativista cuja formação se deu via jornal Lampião da Esquina e Grupo Somos-SP, cuja experiência me inspirou a co-fundar, na Baixada Fluminense, o GAAG – Grupo de Atuação e Afirmação Gay, em julho de 1979, não posso e não minimizo a importância decisiva desses eventos para a dinamização do desejo de ativismo já documentado existindo na subcultura viada desde pelo menos fins dos anos de 1950.

Inequivocamente foram esses dois acontecimentos que fizeram desencadear importantes ações pelo direito a uma vida livre de discriminação e violência, como bem retratam os textos e imagens constantes dessa fotobiografia do movimento nacional, referente ao período 1978-2018, em boa hora organizada pelo Marcio Caetano, Cláudio Nascimento, Treyce Ellen Goulart e Alexsandro Rodrigues, através do Centro de Memória LGBTI João Antônio Mascarenhas, da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG) e da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), aos quais parabenizo e agradeço pelo convite para participar, falando um pouco sobre a luta pela derrubada do código 302.0 do Manual de Classificação Internacional de Doenças, popularmente conhecido como CID, que classificava a homossexualidade como “desvio e transtorno mental”.

É uma publicação que já surge consagrada, pela sua riqueza e abrangência, auxiliando na popularização do conhecimento de nossas lutas e história. Tenho certeza que concordarão e terão muito orgulho ao conferir esse retrospecto.

Abraços e boas leituras!

Rita Colaço
(Rita C. C. Rodrigues)

Rio das Ostras, 20 de dezembro de 2018.
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