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Babados da hora

Invisibilização & Presença de homossexuais, travestis e transexuais na história e na cultura

No dia 17 de julho passado participei do Seminário Museu Queer – A presença LGBT nos Museus, promovido pelo Museu da Diversidade de São Paulo em parceria com o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP), na mesa sobre o apagamento da presença dos LGBTs nas cidades, na memória, na história de nosso país.
Remom M. Bortolozzi, eu e Luiz Morando no MDS SP

Aconteceu no auditório da Pinacoteca, às 14h e foi composta, além de mim, por Remon Matheus Bortolozzi e Luiz Morando. O primeiro abordando os espaços ou roteiros da presença e cultura LGBT na cidade de São Paulo e o segundo apresentando um caso de não-reconhecimento da identidade de gênero de um homem transexual que viveu em Belo Horizonte entre 1952 e 1981, a partir de notícias de jornais mineiros. 

O título de minha apresentação foi o mesmo que atribui a esta postagem: Invisibilização & Presença de homossexuais, travestis e transexuais na história e na cultura. Nela trato da memória das pessoas e cultura LGBT no contexto geral das demandas pelo direito à memória – as lutas por “memória, verdade e justiça” na ditadura civil-militar de 1964; os esforços para preservar a memória dos povos nativos (por exemplo, as lutas, em 2013 no Rio de Janeiro, pela preservação do prédio do Museu do Índio, abandonado e ocupado em resistência pela Aldeia Maracanã, e ameaçado de demolição pelo governador Sérgio Cabral e pelo prefeito Eduardo Paes, para a construir um estacionamento próximo ao estádio do Maracanã, quando das obras da Copa e das Olimpíadas); e a memória dos povos africanos escravizados (as demandas pela reinserção da presença desses povos e suas formas de vida, na região central do Rio, conhecida como “Pequena África”, na história e memória da cidade).

Pensando a cidade como um grande acervo à céu aberto de memórias e histórias dos protagonismos das pessoas LGBT, observo que ele pode ser pensado desde múltiplos lugares: geografia, antropologia, urbanismo, história, memória, museologia, política social, cultura, turismo.

A minha proposta, portanto, é a de pensarmos:

1) O museu para além dos espaços institucionalizados;

2) A cidade como um grande acervo à céu aberto, composto de territórios de “valor histórico” e “cultural”, que devem estar “à serviço” não só “da sociedade e de seu desenvolvimento”, como, sobretudo, dos coletivos que os constituíram;

3) A pesquisa e sua difusão como política social de reparação, recuperação identitária.

Tendo como Objetivos:

* Devolver a cidade também aos seus habitantes desqualificados historicamente;

* Reintroduzi-los na história, de onde foram invisibilizados;

* Conhecer e comunicar sua inventividade, seu protagonismo.

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