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Babados da hora

Les Girls – 56 anos: uma tentativa de história (final)

Les Girls – 56 anos: uma tentativa de história 11 (final)
Por Luiz Morando
Como esclarecido nos comentários das fotos da publicação de ontem [N.E.: a série foi originalmente publicada no perfil pessoal do Luiz Morando, no Facebook], um grupo de travestis (com dois deles remanescentes da formação original) se apropriou do nome Les Girls e passou a se apresentar por diversas cidades brasileiras, com corpos artísticos diferentes. Assim, os espetáculos foram se moldando com o tempo, adaptando-se às necessidades, à demanda do público, às mudanças culturais e políticas que ocorriam no país.
Ao longo dos anos, a liderança de Jerry di Marco e Ira Velasquez foi determinante para a continuidade do grupo. Em 1979, um novo show debutou com o nome Vive Les Girls, que, em uma de suas turnês, foi apresentado em Belo Horizonte na segunda quinzena de janeiro e na primeira de fevereiro. Desse espetáculo participaram Ira Velasquez, Nádia Kendall, Aloma, Sandra Mara, Sofia Loren, Lola, Sofia di Carlo, Valéria, Marizeth e Jerry di Marco.
A história de Les Girls merece ser resgatada com mais detalhes. Em um momento em que várias forças de coerção – policial, judiciária, moral, religiosa, familiar – agiam para oprimir e reprimir as travestis, proibindo-as de sair ou de se apresentar em público, aquele grupo inicial, de dezembro de 1964, tomou para si a tarefa de comprovar suas habilidades e versatilidades artísticas.
Fica aqui um sincero agradecimento à Divina Valéria e, em memória, a Rogéria, Marquesa, Brigitte de Búzios, Manon Lascaut, Nádia Kendall, Wanda e Carmen. 

Imagens: Estado de Minas e Diário da Tarde, em diferentes dias entre janeiro e fevereiro/1979.   

 
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