Nas duas décadas iniciais deste século, ações de resgate e valorização da memória LGBTI+ no Brasil se intensificaram enquanto uma forte demonstração de vitalidade, de sedimentação das identidades, de fortalecimento da autoestima e de luta por direitos. Se antes esse processo esteve muito fixado na região Sudeste do país, nesse último período vemos uma pulverização fundamental de pesquisas dessa natureza em outras regiões do nosso território, viabilizando principalmente uma perspectiva de simultaneidade (e até mesmo de precedência) de iniciativas com relação a uma visão hegemônica centrada a partir de 1978. Se ainda antes esse processo esteve muito atrelado à história dos homens homossexuais, agora vemos também a recuperação da história de outras identidades, dando lastro e visibilidade à existência de lésbicas, pessoas trans, pessoas intersexo na história sociocultural de nosso país.